Boas-vindas ao WordPress. Esse é o seu primeiro post. Edite-o ou exclua-o, e então comece a escrever!

O corte dos juros pelo Banco Central norte-americano, as eleições na Argentina e, principalmente o acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China são, na visão dos especialistas, os principais responsáveis pela alta do dólar.

Os atritos do governo brasileiro com alguns países europeus em questões como o desmatamento da Floresta Amazônica também poderiam gerar incertezas e acabar contribuindo para o movimento. Porém, a avaliação é de que o direcionamento da política econômica, com reformas e privatizações no País, está até amenizando a disparada da moeda.

“No curto prazo, o nível de R$ 4 se justifica pelo clima externo mais negativo”, explica o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos.

Na última sexta-feira (23), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou aumento das taxas de importação sobre produtos chineses em retaliação às tarifas extras do país asiático sobre os norte-americanos. O republicano prometeu subir os percentuais de 25% para 30% sobre 250 bilhões de dólares em produtos importados e de 10% para 15% sobre os 300 bilhões restantes.

“Voltou à tona a guerra comercial entre os países. Foi um gatilho para uma nova onda de aversão ao risco. Isso derrubou moedas de países emergentes”, explica Campos. Para o economista, a normalização do mercado de câmbio está de fato atrelada à relação, conturbada e cheia de altos e baixos, entre China e EUA. Nesta segunda (26), Trump amenizou o discurso, celebrando as últimas conversas com o governo chinês e sugerindo que poderia até adiar as novas tarifas.

O dólar começou o movimento de alta no final de julho. Campos lembra que a redução da taxa de juros pelo Federal Reserve (Banco Central dos EUA), no dia 31 de julho, para uma faixa de 2% a 2,25% já era esperado, mas o dólar ganhou “fôlego” porque a instituição não sinalizou que continuará o movimento de corte, conforme expectativa dos analistas. Foi em 1º de agosto que a moeda disparou, rompendo de vez os R$ 4, com o anúncio anterior de aumento das tarifas pelos EUA de 25% e 10% sobre os produtos chineses.

Eleições argentinas
O principal candidato de oposição ao governo do presidente argentino Mauricio Macri venceu com larga vantagem as eleições primárias disputadas no dia 11 de agosto. Com a vitória, Alberto Fernández, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, se tornou o favorito para assumir a Casa Rosada pelos próximos quatro anos. O resultado assustou o mercado financeiro e o dólar subiu de 45 para 60 pesos argentinos em três dias – uma alta de 33%.

“A Argentina é o terceiro maior comprador de produtos brasileiros. A alta do dólar lá torna os produtos importados mais caros para eles. Isso significa menos exportação do Brasil e menos dólares entrando no nosso mercado”, contextualiza o economista e professor da FGV Mauro Rochlin.

Fonte:

Open chat
1
Olá
Podemos Ajudar?